terça-feira, 25 de novembro de 2008

Exposição de Pintura "Sabor a Cor


De 1 a 15 de Dezembro no Clube Recreativo em Peniche.
Mostra de trabalhos que retratam paisagens e locais de Peniche, tendo como fio condutor a junção do estilo Popart com bases fundamentais do retratismo.
A visitar!!

Mais informações em: http://www.paredestatuadas.blogspot.com/

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"Bordalo Contemporâneo" mostra-se em Óbidos

O percurso pela modernidade na obra cerâmica de Bordalo Pinheiro e seu filho, Manuel Gustavo, assim como o trabalho desenvolvido pela Fábrica de Faianças estará em exposição na galeria novaOgiva, em Óbidos, a partir do dia 21 de Novembro.

Denominada "Bordalo Contemporâneo", esta mostra procura dar a conhecer a criatividade e a atitude modernista do artista relativamente "ao domínio da capacidade de industrializar a tecnologia, e a capacidade da Fábrica Bordalo hoje reproduzir essas peças", explicou a responsável pela galeria, Ana Calçada.

Por outro lado, será mostrado o quanto a representação plástica que dá a todos os seus objectos é contemporânea. Ana Calçada destaca também a própria escala que utilizou ao criar os bichos, que pode ser vista como um alerta para a escala perdida relativamente à natureza.

Comissariada por Ana Calçada e Elsa Rebelo, Técnica de Cerâmica da Fábrica de Faianças, esta exposição está a ser preparada há cerca de ano e meio. A mesma vem no seguimento de uma outra realizada neste espaço, da artista plástica Joana Vasconcelos, onde foram também expostos os moldes utilizados na confecção das peças cerâmicas.

"Nessa altura percebeu-se que a partir dos moldes podíamos mostrar, com mais facilidade, a complexidade e a criatividade que esta obra tem", afirmou a responsável, acrescentando que permite também perceber o longo percurso das peças.

"A mais valia aparente é estética e de grande prazer lúdico, mas está por detrás delas o domínio da cor, da forma, da expressão plástica e, hoje, a capacidade de reproduzir estes objectos", explicou Ana Calçada.

Esta exposição pretende também assinalar o centenário da Fábrica S. Rafael, fundada por Manuel Gustavo (filho de Rafael Bordalo Pinheiro) em 1908. Esta foi construída nos terrenos contíguos à fábrica-mãe, depois de um processo no contencioso, que durou três anos, resultante das dívidas que o seu pai possuía.

"Depois de uma esgrima profunda, Manuel Gustavo consegue fazer provar que a venda da fábrica (instalações) corresponde ao pagamento das dívidas, mas o património imaterial (criatividade) e os moldes do pai lhe pertenciam a ele como herança", explicou Elsa Rebelo.

Os operários que trabalhavam com o seu pai também transitaram para a fábrica de Manuel Gustavo, que foi inaugurada a 20 de Novembro de 1908.

Na Igreja de S. Tiago vão expor "Os contemporâneos com Bordalo", que inclui trabalhos de artistas como Pedro Cabrita Reis e Joana Vasconcelos.

Também o Centro de Design de Interiores vai ter em exposição algumas peças de Bordalo para marcar esta relação com o interior.

HÁ QUATRO ANOS A RECUPERAR OS BICHOS EM CERÂMICA

A artista plástica Joana Vasconcelos esteve a semana passada em Óbidos para visitar o local onde irá expor as suas criações: a Igreja de S. Tiago. A trabalhar a obra de Bordalo Pinheiro há vários anos, Joana Vasconcelos, conta que antes de conhecer a fábrica apenas associava as suas criações à cerâmica domestica.

Quando entrou na fábrica descobriu "todo um mundo novo" e prendeu-a uma peça da irmã de Bordalo Pinheiro, Maria Augusta, que juntava a cerâmica com o crochet. "Deu o mote para que eu pensasse que seria interessante forrar o sapo com crochet e depois passar à cerâmica", explicou a artista plástica, acrescentando que esse projecto nunca foi concluído, mas serviu de mote para outros trabalhos.

A partir daí partiu para a descoberta de outros animais de Bordalo Pinheiro e trabalha sobretudo sobre os mais selvagens, como o sardão, a cobra ou o touro, os quais "os homens querem exercer poder, controlar e domesticar".

Cobertos com o crochet transmite a sensação que estão aprisionados e domesticados. "O trabalho que desenvolvi tem a ver com a duplicidade entre o decorar, o proteger e o controlar desenvolvida pelo crochet", explica Joana Vasconcelos.

A artista destaca ainda a originalidade da escala "irreal, quase monstruosa," em que Bordalo criou os seus bichos cerâmicos, que ao serem cobertos com o crochet "assumem um ponto de estranheza bastante interessante".

Há quatro anos que a fábrica, em conjunto com a artista, andam a recuperar este espólio, menos conhecido, do lado escultórico daquele que é considerado um dos maiores criadores artísticos do século XIX.

"Há o hospital da roupa de Dino Alves e há o hospital Bordalo Pinheiro", brincou a artista plástica, referindo-se à recuperação dos moldes dos grandes animais criados pelo artista. Esta recuperação levou-a também a aprender a "esperar e a relacionar-me com o mundo da cerâmica com tempo", destacando que tem havido uma perseverança muito grande, tanto por parte da fábrica como do seu atelier, para "conseguirem voltar a fazer viver os bichos que Rafael fez na sua época", como a vespa ou a lagosta, que tem metro e meio.

A artista já expôs em Óbidos, na novaOgiva, em 2005 e considera a vila "uma instalação". Na sua opinião encontra-se muito bem preservada, fazendo dela "um palco etnográfico da cultura portuguesa".

Também não é a primeira vez que expõe numa igreja e considera-as espaços interessantes pois "casam" a arquitectura e a escultura. Fátima Ferreira

Fonte: Gazeta das Caldas
Autor: Fátima Ferreira
Fotografias: Inês Veríssimo Martins

Par de anjos




Antes e depois da intervenção de Conservação e Restauro.

. Par de anjinhos alados em faiança, envoltos num cendal decorados com apontamentos de purpurina esverdeada e acabamento a goma laca.
. Não apresentavam qualquer marca.
. Datação: Moderna
. Estado de Conservação:
Um dos anjinhos apresentava diversas falhas ao nível do vidrado e duas lacunas volumétricas, localizadas na asa direita e na zona inferior da perna.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Imagem de Santa Marta





Antes, durante e depois da intervenção de Conservação e Restauro.

. Imagem de vulto pleno em faiança, de pequenas dimensões, representando Santa Marta com revestimento policromo.
A figura está representada de pé e frontal, assente sobre uma base quadrangular, ladeada pelo dragão, na mão esquerda segurava uma cruz (metálica) e na cabeça apresentava dois orifícios revelando que esta seria adornada com um resplendor.
. Não apresenta qualquer marca.
. Datação: Moderna
. Estado de Conservação/Intervenções anteriores:
A imagem encontrava-se com sujidade superficial e com uma mão fragmentada (mão esquerda bastante desgastada e com vestígios de colagens anteriores).

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Músico sentado



Antes e depois da intervenção de Conservação e Restauro.

. Peça decorativa representando a figura de um músico sentado. Peça modelada em faiança policroma a amarelo/mel e negro, vidrada.
. Apresenta uma marca: O duplo "R" de Rosa Ramalho gravada a maiúsculas na zona superior da base.
. Datação: Segunda metade do século XX (*Justificação: através da marca).
. Estado de Conservação:
A peça encontrava-se em vinte fragmentos e com faltas de matéria.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Terrina em pó de pedra




Antes e depois da intervenção de Conservação e Restauro.

. Terrina (louça utilitária de pó de pedra, à maneira Inglesa) policromada e vidrada. Constituída uma por base circular com pés e tampa. Decoração com motivos marítimos (varina, mexilhão, lagosta, caranguejo e Torre de Belém) sobre coloração marfim, estampados a azul escuro.
. Apresenta uma marca estampada na pasta, no reverso da base ao centro:
“PORTUGAL - FFCR sigla envolta numa serpente– CALDAS DA RAINHA”.
. Datação: Entre 1884 e 1894 – Fabrico e produção de louça de mesa corrente (comum), Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, direcção artística de Rafael Bordalo Pinheiro (*Justificação: através da marca).
. Dimensões: Altura: 15,5 cm. Diâmetro : 25,5 cm.
. Estado de Conservação:
A peça apresentava dois pés e duas asas em falta.