domingo, 26 de maio de 2013

"Prato Lagosta" - Manuel Mafra

. Descrição: Barro de cor creme- amarelada, vidrado policromo a castanho, verde, vermelho e camurça. Peça rodada e aplicação de elementos moldados. Técnica do musgado aplicada pontualmente.


Forma circular côncava. Decoração relevada com grande lagosta no centro rodeada por três ouriços, mexilhões, ameijoas e berbigões, modelados e aplicados sobre fundo coberto de vidrados sobrepostos de castanho e camurça que lembra os jaspeados de Bernard Palissy . 
. Dimensões: 12,6 altura x 41,5 cm de diâmetro.

. Marca: M. MAFRA/CALDAS7PORTUGAL (coroa) 1888 - marca gravada na pasta (carimbo usado por Manuel Cipriano Gomes Mafra após 1870)

. Datação: Após 1870Século XIX.


* Justificação da data: através da marca. - No inicio da sua produção começa por assinar as suas peças - MCM, posteriormente utiliza marcas gravadas na pasta _ MC.G, MCGM, associadas à âncora e só a partir de 1870 recebe autorização do rei para utilizar a coroa real associada à sua marca fabril.


. Estado de Conservação /intervenções anteriores: A peça apresentava 4 falhas nas patas da lagosta (ver foto inicial) e durante o transporte para além de ter partido mais uma e agravado as anteriores, partiu também o prato propriamente dito (e num total de 5 partes (conforme fotos). Tem ainda um musgado partido e duas conchas com lacunas.


Nota: Só posteriormente à Proposta de Tratamento, foram detectadas duas falhas/lacunas nas conchas.







Durante os Tratamentos de Conservação e Restauro.

Terrina em faiança portuguesa do Séc. XIX

Descrição: Terrina em faiança portuguesa do Séc. XIX. Peça moldada, policroma e vidrada. Apresenta decoração policromada a azul e branco: paisagem de um casario com arvoredo em decoração esponjada e estampilhada a azul. 
. Medidas: Sem a tampa, quase intacta tem  30X22X13cm.
. Não apresenta qualquer marca.
. Origem: Faiança Portuguesa - Vilar de Mouros ou Alcobaça?...ou Coimbra? 
 "Os antiquários chamam a esse motivo "Vilar de Mouros" como chamam ao Cantão popular “Miragaia”, baseados em sabe-se-lá que equívoco. Escrevi a esse propósito um post e confesso que nunca consegui concluír nada acerda do seu fabricante, tirando a fonte em que lhe serviu de inspiração, que me parece que terá sido o padrão "roselle", da JOHN MEIR & SON."
(*ver blogues indicados abaixo)
. Datação: Século XIX.
. Estado de Conservação /intervenções anteriores: Colagens fruto de uma intervenção anterior. Desgaste geral, pontuais falhas de material e vidrado. 
 
. Pesquisa de peças idênticas na Internet:
 
 
 
 
         * Durante a remoção dos restauros anteriores (colagens amareladas) /Limpeza Química - Nesta fase verificou-se a necessidade do recurso a limpeza química (realizada mediante testes de solventes), para remoção quer dos proprios restauros anteriores quer para remoção das sujidades mais persistentes adjacentes aos mesmos. Como se tratavam de colagens fruto de restauro anterior, encontravam-se agregadas e de dificil remoção.
         * Durante as colagens de fragmentos soltos (após completamente secos) – A remontagem dos fragmentos estruturais soltos foi realizada com uma resina acrílica termoplástica, Paraloid B72 diluído em cerca de 50% em acetona. A fixação das partes fragmentadas foi reforçada, no momento da colagem, com o recurso a molas de aperto, evitando a todo o custo colocá-las diretamente, de modo a não danificar as superfícies.
        
 



 * Durante os preenchimentos de fendas, falhas e pequenas lacunas que ficaram após as colagens -  Cingindo-me apenas às zonas de fendas, falhas e pequenas lacunas em falta, a metodologia passou pela utilização de uma pasta epóxida, o Milliput aplicado com o prospetor dentário, com  o auxilio do bisturi. 





 
        
         * Estado final - Pormenores após os tratamentos de Conservação realizados na Terrina em faiança portuguesa do Séc. XIX.