sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

“A Arte Nova nos Azulejos em Portugal, Colecção Feliciano David e Graciete Rodrigues”


O comissário desta Exposição única de azulejos Arte Nova, António Barros Veloso sublinhou “o carácter único da mostra, cujo período artístico representado (1900-1920) não está sequer contemplado no Museu Nacional do Azulejo com esta amplitude” e referiu que a “Arte Nova” não teve “grande receptividade em Portugal, nomeadamente pelos arquitectos, num período em que imperavam nomes como Norte Júnior, Ventura Terra e, mais tarde, Raul Lino, e por outro lado havia ainda uma grande influência revivalista do ceramista Jorge Colaço", responsável entre outros pelos revestimentos como o interior da estação ferroviária de S. Bento, exterior da igreja de santo Ildefonso, ambas no Porto, ou do Palácio do Buçaco.

"A Arte Nova em Portugal não tem a expressão que encontramos noutros países, nomeadamente na França, Bélgica, Espanha, Alemanha, Hungria, etc.", reforçou.

Coleccionador há 20 anos de azulejaria Arte Nova, Feliciano David, 77 anos, é também possuidor de “importantes colecções de figuras avulso em barro e painéis de azulejo do século XVIII”, disse Barros Veloso.

O comissário afirmou que estão representadas na exposição as fábricas de Sacavém, do Desterro (Lisboa), de Devesas e Carvalhinho (Porto), Fonte Nova (Aveiro) e Caldas da Rainha, além das produções espanhola, belga, alemã e francesa.

Referindo-se à Fábrica de Caldas da Rainha, Barros Veloso referiu que se representa o último período artístico de Rafael Bordalo Pinheiro “que evoluiu do folclorismo e do naturalismo para a Arte Nova com os gafanhotos e nenúfares”. Este período corresponde precisamente aos últimos cincos anos da vida de Bordalo Pinheiro (1900-1905).
“O projecto de Bordalo Pinheiro teve depois alguma continuidade com Costa Mota Sobrinho”, esclareceu o comissário da exposição.




A exposição divide-se em cinco núcleos: “O que é e como apareceu a Arte Nova”, “Os motivos figurativos da Arte Nova”, “As fábricas nacionais”, “A integração na arquitectura exterior e de interior” e “Fábricas estrangeiras e a sua expressão em Portugal”.
Referindo-se aos motivos figurativos da Arte Nova, Barros Veloso explicou que são cabeças de mulher, motivos florais e insectos.
(ES)
In: http://www.hardmusica.pt/noticia_detalhe.php?cd_noticia=9329



A exposição “A Arte Nova nos Azulejos em Portugal, Colecção Feliciano David e Graciete Rodrigues”, traz pela primeira vez a público uma extensa e sistemática colecção de azulejaria nacional e internacional de pendor Arte Nova, cuidadosamente reunida ao longo dos anos por Feliciano David e por Graciete Rodrigues.
Após o Museu da Cidade de Aveiro, estará patente a partir de amanhã, dia 10, no Museu Municipal Dr. Santos Rocha na Figueira da Foz!! A não perder!


http://videos.sapo.tl/sP0fL9vPpqZSBLfFRgot

* Museu Municipal Dr. Santos Rocha
Horário de Inverno:
de 3ª a 6ª feira : das 9h30m às 17h15m
Sábados: das 14h às 19h
O Museu Municipal encerra às segundas-feiras.

Rua Calouste Gulbenkian
3080-084 Figueira da Foz

Coordenadas GPS
Latitude: 40º 09' 08,05'' N
Longitude: -8º 51' 37,55'' W

Telefone: 233 402 840
Fax: 233 402 857
museu@cm-figfoz.pt

2 comentários:

Anónimo disse...

Lamento que tenha utilizado um azulejo inglês para abrir o texto sobre esta notável colecção portuguesa e lamento também que não tenha indicado a origem da imagem, claramente identificada no Blog da Rua Nove como estando ao abrigo de ©.

BR9

Anónimo disse...

Caro BR9 Retirei daqui: http://www.hardmusica.pt/noticia_detalhe.php?cd_noticia=9329 e identifiquei devidamente na publicação.