O
Museu Nacional do Azulejo, dando continuidade à sua política de
investigação e divulgação da Azulejaria portuguesa, vai inaugurar, no
próximo dia 3 de Julho, uma exposição intitulada “Um Gosto português. O uso do Azulejo no século XVII”.
Tendo
o Azulejo começado a ser produzido, em Lisboa, cerca de 1560, foi no
século XVII, ainda num contexto de União Ibérica, que se começou a
afirmar como uma arte que hoje se considera identitária da cultura
portuguesa, assumindo especial relevância no contexto universal da
criação artística. Foi com os módulos de repetição do século XVII que o Azulejo foi pensado em Portugal como elemento estruturante de arquitecturas, em grandes revestimentos interiores.
Em simultâneo, a Igreja e a Nobreza encomendaram, para o revestimento dos seus espaços, azulejos figurativos que reflectem o gosto, mas também a necessidade de afirmação política e social de cada um destes grupos.
Desta riquíssima variedade, criação das olarias de Lisboa, dão conta os cinco núcleos em que se divide a exposição bem como o catálogo, com chancela da Babel, que conta com estudos inéditos de cerca de vinte especialistas e se afirma como um contributo efectivo para o avanço do conhecimento.
Alguns dos painéis azulejares restaurados por mim, a título particular, irão estar patentes nesta exposição. No Museu Nacional do Azulejo, a partir do próximo dia 3 de Julho. Para mais informações: http://mnazulejo.imc-ip.pt/
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